Mercado de trabalho inclusivo: Superando os Obstáculos

Se você acreditar que uma coisa é impossível, você a tornará impossível.

- Bruce Lee

De acordo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), praticamente 1 a cada 4 brasileiros possui algum tipo de deficiência sendo ela física ou mental. Isso faz com que sejam 46 milhões de pessoas, e muitas delas estão em idade economicamente ativa. Diante disto, o mercado de trabalho vem tendo cada vez mais espaço para estes profissionais.

Em 2015, houve um aumento de quase 6% em relação ao número de vagas ocupadas por pessoas com deficiência. Em cinco anos, o aumento foi de 20%. Com isto, podemos perceber que a participação no mercado vem aumentando de maneira considerável. Para o futuro, a expectativa é que o número continue aumentando. Visando a garantir a participação desses profissionais no mercado de trabalho, existem artifícios legais que tratam dessa questão. Nesse sentido, há duas leis importantes: a que estabelece cotas para profissionais com essas características, e o Estatuto da Pessoa com Deficiência que é mais recente e abrangente sobre diversas questões. A Lei n° 8.213/91, também conhecida como a Lei das Cotas, é uma lei federal que trata de benefícios sociais e, também, de vagas reservadas para indivíduos, especialmente as pessoas com deficiência. A Lei n° 13.416/15 ou Estatuto da Pessoa com Deficiência não é diretamente voltada para o trabalho em si, mas é muito importante para garantir dignidade e qualidade de vida para quem tem alguma deficiência.

Para incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, é necessário realizar um processo seletivo específico. O recrutamento não deve ser igual ao que é realizado normalmente, já que a inclusão exige vencer alguns desafios. Tudo começa com a escolha de empresas de recrutamento e seleção de profissionais que sejam especializadas na contratação de pessoas com deficiência. Hoje, não é difícil encontrar organizações que desenhem todo o processo levando em consideração essas necessidades específicas. É graças a essa preocupação que é possível, por exemplo, desenhar um processo que demore o tempo adequado, considerando as necessidades específicas. Fazer um processo muito longo e com deslocamentos em excesso, por exemplo, pode prejudicar quem tem mobilidade comprometida. Durante a entrevista em si, é necessário fazer um levantamento de competências por parte de quem deseja se tornar colaborador da empresa. Com as pessoas com deficiência, isso precisa ser feito de maneira mais trabalhada e específica, para que o perfil seja correto e leve em consideração o que cada um tem de melhor.

Essa é uma forma de ir além apenas do currículo, de modo a garantir que a avaliação seja realmente adequada e beneficie ambas as partes. Além disso, a seleção especializada também precisa colaborar para a identificação de necessidades desses profissionais. É nesse momento que devem ser conhecidas questões como as necessidades de aprimoramento e qualificação. Dependendo do caso, é possível utilizar da tecnologia para essa tarefa de escolha dos profissionais que mais se encaixem no perfil desejado. Fazer seleções a distância, como por videoconferência, é uma forma de garantir conveniência e menos despesas para todos os envolvidos. Porém, nada disso substitui a atuação de profissionais especializados no recrutamento, de modo que seja possível realizar a melhor escolha para todos os envolvidos.

Uma das questões importantes para a pessoa com deficiência é a acessibilidade. Poder se deslocar corretamente e, principalmente, da maneira mais autônoma possível, isso é fundamental para que o colaborador consiga se manter motivado e engajado, oferecendo o melhor resultado possível para a empresa. É indispensável que haja uma busca pela segurança da pessoa com deficiência. Não dá para criar modificações que se tornem inseguras ou que não levem em consideração as necessidades específicas dessas pessoas. É necessário pensar em todas as questões que merecem atenção, de modo a evitar que haja algum tipo de risco para esses profissionais. Uma das questões da acessibilidade no mercado de trabalho para pessoas com deficiência diz respeito à questão atitudinal. Ou seja, a forma como as pessoas agem dentro de uma organização pode tornar um ambiente acessível ou não.

É fundamental implementar uma mudança de cultura e mentalidade. É necessário que todos saibam o valor do profissional com deficiência e que compreendam que ele é capaz de realizar as ações para as quais foi contratado. Além de favorecer a acessibilidade em si, também é preciso investir em garantir a total inclusão ao ambiente de trabalho e às funções, de maneira geral. Isso garante que o profissional se engaje intensamente e ofereça mais resultados. Além de tudo, vai favorecer a própria atuação. Profissionais que sabem o que é esperado deles tendem a trabalhar melhor e com as pessoas com deficiência isso não é diferente. Por isso, tudo deve começar com um alinhamento das expectativas de atuação.

A intenção deve ser sempre mostrar que o trabalho dele é importante para o negócio e para o resultado de outras pessoas, de modo que o profissional se sinta estimulado a atuar de maneira cada vez melhor. Ao colocar em prática todos esses conhecimentos, fazer parte do mercado de trabalho para pessoas com deficiência se torna uma tarefa menos complicada. Agora que você já sabe como fazer, que tal ajudar outras pessoas? Compartilhe este post nas suas redes sociais e deixe mais gente por dentro do tema.

Fonte: https://blog.freedom.ind.br/mercado-trabalho-pessoas-com-deficiencia/